Reforma na Previdência, Reforma Trabalhista, Lei da Terceirização Geral e Irrestrita, PEC 241, a qual limita o investimento público nas próximas décadas, projeto para descriminalizar o Caixa Dois, plano para alterar o jogo eleitoral na próxima eleição.
Nos últimos meses, esses e outros projetos, alguns já aprovados, outros ainda em votação, e alguns ganhando força no meio político, aparecem diariamente nos jornais impressos, pela TV e nas redes sociais.
Muito difícil alguém nunca ter ouvido falar sobre esses temas. Mas é no mínimo curioso a reação da sociedade brasileira diante de assuntos tão importantes e que afetarão a vida de todos os brasileiros, positiva ou negativamente.
Aqueles que batiam panelas e iam às ruas contra o governo petista, hoje não sabem como agir e quem apoiar nesse povo no cenário político. Após a saída da ex-presidente Dilma, veio o primeiro impasse — apoiar ou não seu vice, Michel Temer.
Pedir a saída também do novo presidente poderia levar o país para eleições diretas ou indiretas, e dessa forma teriam o fantasma de Lula e do PT pela frente. Apoiar Temer, cada vez mais representa perda de direitos e avanços conquistados nos últimos 60 anos.Ou seja, é necessário apoiar medidas que vão contra seus interesses para não demonstrar arrependimento .
Aqueles que votaram na Dilma e são contra as medidas adotadas por Temer, com apoio do PSDB e de Aécio, candidato derrotado em 2014, precisam se posicionar publicamente e ocupar as ruas tal como os opositores da Dilma fizeram. Calar-se em um momento como esse permite as elites política e econômica a ampliação de privilégios e da exploração social.
Quanto aos que não se posicionam politicamente nem se interessam por esses assuntos, deixo uma sugestão — passem a acompanhar as notícias sobre os temas citados, assim como as mobilizações populares, antes que decidam o futuro do país, e consequentemente o seu, sem ser ouvido.
Porque, se perdemos os direitos tão arduamente conquistados pelas gerações passadas... aí será tarde demais.